terça-feira, 28 de setembro de 2010

Chapter eight: Limpando as feridas

Lucius não sente mais sua presença e acaba adormecendo ali mesmo no píer, a noite chega e traz consigo o frio, Lucius se levanta vê que seus ferimentos já estão melhores, não senti mais dor, guarda sua espada e recolhe todos os punhais guardando em seu coturno e em sua cintura, a faca e o punhal de Lyana ele carrega em suas mãos, sai rapidamente saltando até a varanda de Lyana, roubando uma rosa de uma floricultura que estava prestes a fechar, ao chegar próximo a varanda de Lyana, arremessa os punhais e a rosa esta cravada no punhal, que ainda esta manchado de sangue, Lucius se ajeita no prédio a frente que da visão ao quarto de Lyana, ele não consegue avistá–la pois a cortina de seu quarto esta fechada, ele se recosta e fica a espera de alguma movimentação. Lyana acorda com o som do punhal prendendo em seu dossel, a rosa denuncia seu remetente, ele voltara... Por quê? Querendo reconciliação? Não parece que sua memória voltou, pois o antigo Lucius teria aproveitado de sua distração e a matado.
Lucius vê a movimentação de Lyana e espera que ela tenha entendido o recado, ele não queria mais lutar, até porque não tinha um motivo para isso, ou ao menos não se recorda de um, porem se ela o tentasse matar novamente seria obrigado a se defender, fugir estava fora de cogitação, não faz seu tipo, ele jamais fugiria de alguém. Ele a aguardava, sempre alerta, esperando para ver a decisão da garota, Lyana sai para ver se o encontra, sua cabeça explode em dúvidas, ainda apoiando seu braço ferido, ela rastreia o ambiente com os olhos, buscando encontrá-lo, quando ela põe os olhos sobre ele, este sai, voltando rapidamente em direção ao píer, ele sabia que ela não iria atacá-lo mais essa noite, apenas queria se certificar de que ela recebera seu presente. Lyana confusa entra novamente e decide ir atrás dele, veste suas botas, pois depois da luta não iria novamente sair descalça, enfaixa seu braço, veste seu sobretudo, e corre novamente para o píer, tem certeza que ele está lá, não iria para outro lugar se quisesse ficar por perto. Ao chegar lá a garota o avista próximo a uma pequena montanha, onde uma há pilha de containeres, Lucius está sentado no topo deles. Lyana escala com um pouco de dificuldade, e quando está quase chegando ao topo, Lucius murmura:
- Sabia que viria...
- Apenas me diga por que voltou? Diz Lyana intrigada. E que quer com isso?
Lucius friamente responde:
- Já disse que não tenho motivos para matá-la, não quero lutar mais com você... mas me diga você, porque tentou me matar, e por que eu deveria fazer o mesmo com você?
Lyana abaixa a cabeça silenciando-se, e lágrimas rolam por seu rosto.
- Você matou meus pais Lucius... Ele defendendo-se responde:
- Desculpe, mas não me lembro disso, mesmo sem me lembrar eu me conheço, sei que não seria capaz disso... Aos poucos, com as palavras de Lyana, Lucius recobra sua memória.
- É... eu... me lembro de ter lutado, mas sei que apenas em linha de frente entende? Sei que meu clã possuía guerreiros de elite para tarefas desse tipo... Lyana olha para ele sem acreditar.
- Mas, parecia você, os cabelos... eu... foi brutal... não consegui reagir a tempo... Ela senta-se na beirada do container colocando o rosto entre as mãos.
- Eu... já disse sei que não seria capaz de tanta brutalidade, você me viu lutar, sabe que exito em matar...
Diz Lucius, colocando a mão sobre o ombro dela. Lyana vira-se, olhando nos olhos dele, o rosto lavado em lágrimas, mesmo depois de tudo não tinha esquecido do que sentiu enquanto beijava-o, e sabia que ele também não. No fundo queria acreditar que ele falava a verdade, mas a dor em seu coração era esmagadora, tinha que se livrar das dúvidas. Ela se levanta e continua a olhar nos olhos dele, e diz:
- Tem um jeito de saber... sei o que vi aquela noite, mas preciso saber algo.
Lucius olha para ela sem entender, até que terminando de falar ela o beija docemente, ele sente as pequenas lágrimas escorrerem por entre seus lábios, mesmo confuso, é impossível deixar de apreciar aquele momento único. Lyana sente a vida voltar a percorrer-lhe, enfim tinha sua certeza. Ela para de beijá-lo e o abraça sorrindo, ele a segura e em meio a uma chuva de pensamentos e a indaga:
- Não entendo você, queria me matar, e agora confia em mim novamente?
Lyana sorrindo diz próximo ao seu ouvido:
- Ninguém que é capaz de amar, como você demonstra ao beijar-me, seria capaz de tal brutalidade... Não irei mais persegui-lo. A garota o solta olhando uma última vez em seus olhos, com um delicado sorriso, ela desce da pilha de containeres, ainda apoiando o braço ferido onde a dor a incomoda, começa a correr retornando para casa.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Chapter seven: A luta

Lucius ainda paralisado deixa com que o punhal caia no chão, se dirige a cama e pegando sua camisa a veste sentindo um pouco de dor na mão que ainda sangra e mancha o lençol e também os travesseiros, senta–se e coloca seu coturno, pega seu sobretudo e sai rapidamente pela sacada atrás de Lyana, vestindo seu sobretudo e saltando velozmente porem sem se desesperar sabia exatamente para onde ela havia ido, não ousa chegar até ela, apenas a observa há alguns metros de distância a suas costas. O cheiro de sangue inunda o ar, Lyana que está sentada sobre um container, volta a ficar alerta, seus olhos se tingem de vermelho, sabe que ele está ali e que está perto, mais ainda não sabe exatamente onde ele está, se esgueira rapidamente por entre os containeres seguindo o cheiro. Lucius apenas se agacha cobrindo seu corpo com seu sobretudo e preparando – se para se defender, Lyana é rápida ele se quer consegue a seguir com os olhos, prefere fechá–los e se concentrar em um determinado perímetro a sua volta, se ela se aproximar ele saberá. Após um tempo ela o vê abaixado bem próximo, ela se certifica que ele não pode vê-la, se preparando para atacar, silenciosamente, numa fração de segundo ela se põe a frente dele, com a faca estendida ao ar, seus olhos como fogo. Lucius rapidamente percebe a investida e saca um punhal que fica preso em seu coturno girando rapidamente, sacudindo seu sobretudo, ele lança o punhal arrancando a faca da mão de Lyana, que para ao seu lado com seu punho cerrado, como se segurasse algo bate no peito de Lucius muito próximo a seu pescoço, um rápido olhar para trás e se pode ver o punhal de Lucius e a faca de Lyana cravados em um container. Ele rapidamente segura firme o braço dela, e a empurra contra um container que esta ao lado deles, empurrando seu pescoço com seu cotovelo ele a prende, deixando–a sem reação.
- POR QUÊ?! - Ele grita.
Logo sua voz começa a ficar fraca e ele começa a sussurrar.
– Só me diz o porquê, para que ao menos eu lute por um propósito já que não lutarei por vontade própria. Ela responde entre dentes, pois seu pescoço está preso:
- O porquê? Preciso matar para não morrer, agora que você se lembra, não adianta fingir que não vai me atacar.
- Não estou fingindo só me lembrei que devo te matar, mas como eu disse não lutarei por um por que, e aconteça o que acontecer jamais terei um porque de te matar.
Lucius a solta deixando que caia no chão, se vira e salta rapidamente sentando–se no mais alto container que a encontra no píer. Lyana se enfurece passando a mão em seu pescoço que está levemente avermelhado, Lucius sempre fora mais forte que ela, sabia disso, mais não seria suficiente para detê-la. Ela se vira pegando a faca e o punhal presos no contêiner, e corre em direção ao container onde Lucius está, com toda a velocidade e força de que dispõe. Ele percebe o ataque e apenas olha para baixo ele segura seu braço e deixando de lado seus sentimentos e a arremessa com muita força pulando para trás e puxando de dentro de seu sobretudo da parte de trás uma pequena espada com o cabo entalhado e um rubi chamativo cravado no meio, a lamina possui escrituras em latim, ele se lança para trás descendo ao chão próximo ao mar, seu cabelo esta solto ao vento, ele agora esta pronto para luta, nada mais importa alem de sobreviver, aquela garota se tornou só mais um de seus muitos inimigos. Lyana bate as costas com força amassando a superfície de um container, ela se levanta um pouco atordoada, coloca seu cabelo para traz, e em um grito, volta a correr em direção a Lucius, pouco antes de ele a perceber ela consegue o atingir de raspão no braço com uma das facas.Ela atingi o mesmo braço cuja mão esta machucada por causa de seu punhal, ele se quer pode perceber onde ela estava achou que ela não se levantaria tão rapidamente. Ele olha para seu braço, a manga de seu sobretudo esta rasgada, dessa vez ele se zanga, afinal ela conseguiu acertá–lo poderia ter o matado se quisesse, mais porque ela não o fez ? Ele tira seu sobretudo lançando–o ao mar, deixando a vista mais dois punhais presos a sua cintura os dois possuem o mesmo tipo de rubi que tem em sua espada, mais um em seu coturno. Enquanto Lucius exibia suas armas , Lyana torna a feri-lo, só que desta vez na perna oposta ao braço ferido, e um corte um pouco mais profundo que o anterior, Lyana já distante diz com desdém:
- Estou descalça, quase desarmada, e é você que está sangrando...
- Já disse estou me recusando a lutar com você e você sabe o por que! Mais se é assim que queres que assim seja!
Lucius espera que Lyana volte a atacá-lo, quando ela vem para feri–lo dessa vez em seu pescoço, ele se esquiva de sua faca e a agarra pelo braço lançando – a ao chão e cravando sua espada ao lado de seu pescoço assustando–a, Ele é forte e apenas o cabo de sua espada fica a vista.
- Ainda queres lutar? Lyana enfia com força a faca no ombro de Lucius, saindo de entre seus braços, ela corre para trás dos containeres, e gripa com fúria:
- Deveria ter acertado, da próxima vez não vou errar!
Lucius sobe nos containeres deixando Lyana em sua mira, atirando nela o pequeno punhal que estava em seu coturno apenas assustando – a e a deixando desprotegida de seu próximo ataque que vem de cima e a acerta com sua espada de raspão abaixo de seu seio ao seu lado direito cravando a espada no container e prendendo Lyana com seus braços, dessa vez sem ser delicado também a acerta com seu punho repetidamente. Lyana se esquiva de alguns dos socos, para ela Lucius é um pouco lento, ainda tem um punhal, e uma única chance, acertar o coração seria ela, o único jeito de matá-lo. Ela prepara-se, tenta se desvencilhar de seus ataques, ás vezes sem sucesso, mirando o coração. Lucius salta segurando sua espada rasgando o container e cortando o braço de Lyana que em uma rápida esquiva ela consegue se livrar do ataque, porém com um profundo ferimento em seu braço direito. Lyana para estancando com a mão momentaneamente o forte sangramento em seu braço e em seu peito, sabe que não vai agüentar mais nessas condições, então como última chance, ela concentra-se, e mira minuciosamente o punhal para o coração de seu inimigo, ela mira e o atinge em cheio no peito, ela observa mais atentamente e descobre que errou, em um movimento de recuo, Lucius devia o punhal fazendo-o prender superficialmente próximo a sua barriga, em uma das fivelas de sua roupa. Lyana se desespera, prendendo com sua mão livre o sangramento, e corre impulsivamente procurando uma saída daquele labirinto de containeres. Lucius pega o punhal de Lyana e atira fazendo com que ele atinja um container a sua frente fazendo–a parar, ele rapidamente se posiciona próximo a ela sussurrando em seu ouvido:
- Chega de lutas sem motivos.
Lyana empurra Lucius com seu braço que não está ferido, e usa o punhal cravado, para subir no mesmo, container, ela olha para ele de cima seus olhos agora voltaram ao seu tom de cinza, não consegue dizer nada, apenas o olha sem expressão. Lucius cai encostando-se ao container, e sua espada cai ao seu lado com sua lamina fincada no chão ela fica em pé ao seu lado e serve de apoio para seu braço. Ele apenas fecha os olhos e abaixa a cabeça, temendo ter que realmente matá–la, afinal ou era isso ou ele poderia morrer se ela não parasse. Lyana volta para casa, entra em seu quarto se lançando na cama manchando-a de sangue, seu corpo está destruído, ela adormece.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Chapter six: A Lembrança

Lyana acorda após algum tempo nos braços de Lucius, que parece não se mover, sua cabeça ainda dói e seu corpo está um pouco dormente. Lucius está acordado e percebe que Lyana acordou, ainda de olhos fechados luta contra seus pensamentos se recusando a acreditar em suas lembranças, que aos poucos se tornam vivas novamente. Para ele é inaceitável que uma pessoa que o conquistou tão rapidamente poderia ser na verdade aquela que foi criada para matá-lo, a única que não teria trabalho algum para fazer isso. Lyana parece despertar de um pesadelo, seu maior inimigo... põe-se rapidamente de pé e corre em direção ao se quarto, pegando um de seus punhais no seu armário. Lucius apenas se prepara para o pior, a reação de Lyana não era o que ele esperava, ela esta nervosa, parece inconseqüente, ele se levanta e fica atento, se dirigindo devagar de volta ao quarto. Lyana sem pensar, em um grito de desespero corre apontando seu punhal para o pescoço de Lucius que estava na porta de seu quarto, Lucius parece ainda estar de olho fechado, abrindo–os quando Lyana chega bem perto com seu punhal ele a detém segurando-o pela lamina fazendo com que sua mão sangre e o cheiro se espalhe pelo ambiente, o corte é profundo mais ele parece não sentir, aperta a lamina com força olhando como se desacreditasse do que esta acontecendo, porem demonstrando certa frieza que Lyana até o momento desconhecia. Ela por sua vez retira uma pequena faca presa em seu espartilho, a qual sempre está consigo, tenta investir contra ele mais sua própria força a detém. Lutando contra si mesma, sua mão treme no ar segurando a pequena faca, vamos você consegue... diz para si mesma, uma tímida lágrima corre por seu rosto, um nó se forma em sua garganta, o sangue na mão de Lucius escorre. Lucius a olha nos olhos sem ao menos piscar, seu corpo esta preso a sua mente que se encontra paralisada, não sabe se contra ataca ou apenas se defende, não consegue tomar decisões nesse momento, ela esta ali parada em sua frente com uma das mãos imobilizada e a outra mirando uma faca em seu pescoço, não seria o suficiente para matá-lo ele sabia disso, mas não era o bastante para que ele o fizesse, ele sabia que ela estava tão contrariada quanto ele, por isso não podia atacá–la. Definitivamente ela começa a chorar, solta o punhal que fere Lucius vira-se e corre para fora, saindo pela sacada. Mesmo descalça, ela corre velozmente em direção ao porto, armada apenas com sua pequena faca, lágrimas escorrem por seu rosto, o desespero toma conta do seu corpo, simplesmente não sabe mais o que fazer, ou porque ainda está lutando.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Chapter five: A revelação

Um longo tempo se passou a tarde se alonga sobre a manhã, uma longa conversa se estendia descontraída entre os dois, até ser tocado em certo ponto... O passado. Ambos sabiam que eram ligados de alguma forma, mais com a amnésia de Lucius e a distração de Lyana vários pontos ficaram vagos, havia muito a ser contado, essa tarde ficaria marcada pela revelação de um tempo já esquecido, porém mal resolvido. Até que Lyana se dá conta de quem está em seu quarto... Não podia ser ele, não quem ela acabara de beijar. Lucius discretamente indaga Lyana se esta já o teria visto alguma vez, ela se mostra incomodada com o pergunta e apenas responde:
- Então é realmente verdade... Você não se lembra de nada mesmo...
- Do que eu deveria me lembrar?
- De que nós não somos amigos e que nunca deveríamos ser...
Lyana abaixa a cabeça e sai em direção ao interior da casa, sua cabeça dói, seus pensamentos se embaralham... Estava conversando com seu maior inimigo, mais que isso estava amando seu maior inimigo. Seu alvo há tantos anos estava em seu quarto, e ela não fizera nada contra ele, desorientada anda até a geladeira buscando mais uma bolsa de sangue, seus olhos se tingem de vermelho enquanto o desespero toma conta de seu corpo. Por que não matá-lo logo já que ele não se lembra de nada, seria até mais fácil... Lyana não sabia o que fazer, não podia matá-lo lembrando do que sentiu momentos antes o beijando.
Lucius continua no quarto, sem reação, tenta entender o que esta acontecendo com Lyana, não se atreve a perguntar e nem mesmo a segui – La pela casa ele percebe que não a conhece, pelo menos não tanto quanto imaginava, mais se questiona sobre a conhecer mais do que ele imaginava... Isso torna–se confuso dentro de si, sem saber o que fazer começa a se esforçar para se lembrar de algo usando Lyana como base para isso, mais só consegue ficar com uma enorme dor de cabeça, relaxa e se recosta na cabeceira da cama onde estava sentado.
- O que ela quis dizer com “De que nós não somos amigos e que nunca deveríamos ser...”. Pensou Lucius sem ao menos saber ao certo quem ele tenha sido há alguns anos como poderia entender isso? Só tinha certeza de que ela mexia com seu interior e o fazia se sentir bem, isso era o bastante não queria saber do que deveria ou não ser ou sentir a respeito dela.
Tudo se torna confuso, ele já não a conhece mais, aquela que parecia uma garota inocente, acabou sendo tão diferente quanto ele, e agora isso. Começa a se preocupar, ela saiu já faz algum tempo, apesar de estar preocupado está tão confuso com tudo o que aconteceu que mal consegue se mexer, sua cabeça parece que vai explodir, não sabe mais o que fazer. Lyana ainda anda desnorteada pela cozinha, seus instintos começam a pressioná-la a agir de alguma forma. Sua cabeça dói latejando intensamente, até que simplesmente desmaia fazendo se ouvir apenas um som abafado.
Lucius parece acordar de um transe quando escuta um barulho vindo da cozinha, reprime um grito, parece assustado... Lyana... ele pensa...preocupado corre para a cozinha. Lucius encontra Lyana caída na cozinha desmaiada, e ao lado a bolsa de sangue semi vazia, ao chão. Lucius não pensa duas vezes e se lança ao chão rapidamente abraçando Lyana e colocando–a em seus braços, sabe que nada alem do “tempo” irá acordá–la mais ainda assim grita seu nome e lhe da alguns leves tapas em seu rosto.
- LYANA, acorda, Lyana...
Em sua cabeça seus pensamentos simplesmente tornam–se claros novamente e ele percebe que a “mulher” que ama esta em seus braços e esta inconsciente. Um pensamento vem como um flash em sua mente, só consegue entender que trata- se de uma luta, uma rivalidade, e sua rival não é ninguém mais que Lyana, a garota cuja qual ele esta apaixonado, um choque e ele desmaia encostando–se bruscamente no armário em suas costas.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Chapter four: O quarto

Nós poderíamos ir para um lugar mais reservado então... para nos conhecermos melhor...
–Disse lyana em tom delicado, Lucius responde curioso.
- Bem... confesso que fico meio sem jeito com o convite, mas.... para onde poderíamos ir ?
- Que tal para meu apartamento?
- Hum... oferta tentadora... Risos se empalham no ar. - Aceito seu convite, vamos então ?
Lyana da um leve sorriso enquanto meche em seu cabelo.
- Vamos... Siga-me.
A garota salta rapidamente deixando ao chão sua taça de vinho vazia, mantém um ritmo leve podendo-se ver o vento bagunçar-lhe os longos cabelos escuros.
Lucius apenas sorri e lançando as taças e também a garrafa ao mar se lança em direção a Lyana avistando–a um pouco distante e seguindo – a em um ritmo moderado, seu cabelo esta preso porem algumas mechas soltas em seu rosto lhe incomodam, ele aumenta o ritmo para não perde–la de vista, afinal estava indo para um lugar onde não sabia ao menos onde era. Lyana olha para trás com um olhar intimidador a Lucius, chamando-o para uma corrida, após um sorriso ela aumenta consideravelmente a velocidade rindo felizmente. Lucius apenas observa seu sorriso com um olhar diferente, como o de quem se sente intimidado, e também se assusta com a velocidade com que Lyana salta, ele não esperava tanto daquela garota, lançando seus braços para trás e tirando as mechas de cabelo de seu rosto, aumenta sua velocidade tentando alcançá–la.
Lyana parece divertir-se, até que para em uma pequena varanda com uma porta de vidro deslizante, senta-se no beiral olhando para cidade esperando que Lucius chegue. Ele, já meio cansado, ao ver Lyana parando na varanda se desvia do caminho contornando a varanda no mesmo sentido que ela se vira para procurá–lo impedindo assim que ela o veja, apesar de estar cansado ele ainda é rápido, sentando -se no beiral do terraço que é logo acima de seu apartamento deixando Lyana de costas para ele. Em um tom estranho sentido que aquela garota é muito mais do que lhe pareceu, surpreso e também ansioso para saber mais sobre ela.
- Você é rápida sabia ?!? Poderia ter me esperado não ?!?
Lyana olha para cima com um sorriso, seus olhos assumem uma bela cor violeta, e responde suavemente:
- Sabia que podia me alcançar, não reclame venha...
Nesse momento Lyana abre a delicada porta de vidro, afastando leves cortinas brancas que dando visão para um amplo quarto, onde ao centro há uma cama de casal com delicados lençóis de seda salmão, bordado finamente com fios pretos, acima um belo dossel bordado da mesma forma que os lençóis, ao lado da porta de vidro um pequeno sofá de dois lugares de bela aparência, mas bem antigo, dois criados mudos, um de cada lado da cama, cada um com um belo abajur negro encima. Ao pé da cama um grande baú, e embutido na parede a frente dele um grande armário de madeira, com belos detalhes esculpidos nas portas.
- Sei que não é grande coisa mais espero que goste... Gostaria de algo para beber?
Ao terminar a frase Lyana tira seu sobretudo e senta em sua cama começando a desamarrar suas pesadas botas. Lucius distraído observando o ambiente não responde por um momento. Lyana o deixa a olhar e se dirige descalça ao interior do apartamanto.Não era muito grande mas era bem agradável, possuia mais um quarto além do de Lyana, uma confortável sala de estar e uma organizada cozinha. O pequeno quarto era peculiarmente diferente dos demais cômodos da casa, era simples e um pouco sombrio, a sala era considerávelmente grande tinha um grande sofá, alguns móveis antigos e várias almofadas espalhadas por um tapete preto e felpudo. Lyana se dirigiu a cozinha que possuia poucos itens mas o único que ela realmente usava era a geladeira, onde quardava várias bolsas de sangue, o que evitava que esta fosse ter de caçar sempre.
Não restava dúvida Lyana era uma vampira, mas não comum, oque intrigava seus pensamentos era se Lucius era como ela, ou só mais um cara que conheceu a noite e a divertiu um pouco. Rapidamente Lyana pega duas taças em uma pequeno armário acima da pia, pega uma das bolsas na geladeira e divide o líquido igualmente pelas taças, e se dirige novamente para o quarto.
Lucius se senta no sofa se descarregando de suas armas e seu sobretudo, dois punhais e uma pequena espada são lançados por ele no sofa e seu sobretudo é pendurado no dossel da cama e ele se dirige a Lyana calmamente observando atentamente cada detalhe da casa. Encontra Lyana voltando ao quarto com duas taças na mão, observa o liquido e percebe que é sangue.
- Ao menos esta fresco ?!? Fala com tom descontraido.
- Espero que aprecie... Lyana sorri ao ver a reação de Lucius, estendendo uma das taças a ele.
Lucius leva a taça a boca parecendo estar com sede. Lyana bebe um pouco da taça e abraça levemente Lucius pelas costas dando um pequeno empurraozinho em direção ao quarto. Nesse momento um pouco de sangue cai na roupa dele.
- Hey... Bem espero que não seja tão velho quanto o vinho que bebemos... Diz enquanto olha para lyana e sorri.
- desculpe... ela diz reprimindo um risada. - A propósito, gelado ele permanece por mais tempo e... eh bem novo, soh não absolutamente fresco... Os dois rapidamente esvaziam as taças.
- Está... com um sabor interessante...
- Quer mais?
- Não agora... Lucius a abraça com força deichando seus rostos muito próximos. Impressionada deixa a taça cair se estilhaçando aos seus pés. Ele a coloca na cama abaixando para pegar os cacos. Lyana o impede abraçando-o.
- Não se incomode deixe ai, sou desatrada mesmo...
Lucius se levanta sentando ao seu lado, seus rostos se aproximan num doce beijo. Ele curti o momento e se afasta de todo o resto, seu passado, os fatos, nada mais lhe importa, essa sensação ja era conhecida mais nunca fora vivida tão intensamente, ele se perde em meio a um frenesi de paixão o calor toma conta do seu interior mais ele continua gélido, sim aquela garota era muito diferente, ela era uma vampira, e ainda conseguia despertar nele o mais profundo e sincero sentimento, cujo qual ele nem sabia que era capaz de ter. Aquela sensação era como um tornado que passava destruindo todas suas certezas, e tudo que lhe importava agora era saber se ela também esta se sentindo tão bem quanto ele.
Ela por sua vez se sente como nunca se sentiu antes, uma estranha sensação de liberdade toma conta de seu corpo, se sente viva, e não fria como todos os dias, sente a ternura com que ele a beija despertando em seu coração um sentimento nunca vivido antes. Lyana para de beijá-lo repentinamente olhando fixamente para seus olhos, Lucius retribui o olhar parecendo assustado sua respiração esta ofegante e ele ja não se encontar tão gélido quanto antes. A garota volta instintivamente a beijá-lo intensamente, como se dependesse de Lucius para viver, respirar, necessitava sentir seu calor invadir seu corpo, inundando-a de prazer, como se ele fosse a parte perdida de sua história, o seu passado enterrado, o seu objetivo para viver, naquele momento tudo se tornava claro, não precisaria mais lutar contra seus próprios sentimentos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Chapter three: O Píer

Lucius continua a seguindo tentando se aproximar mais de Lyana a cada salto, porem ela é rápida e ele procura não se cansar, então mantém a agradável distancia de em media dois prédios. Aos poucos pode-se avistar alguns containeres empilhados, e mais a frente o imponente oceano. Lyana escala os containeres escolhendo um topo com uma vista privilegiada para o mar, e acena para Lucius.
- Venha logo! É lindo aqui em cima!
- Acredite eu sei...costumo vir aqui há algum tempo...para ficar só...
Lucius exita um pouco antes de subir os containeres fazendo uma cara de preocupado , porem logo relaxa e escala rapidamente se colocando ao lado de Lyana que sentada na beirada de um contêiner admira o amanhecer no horizonte do imenso oceano que se encontra em nossa frente...
- Engraçado conheces bem este lugar... porém nunca nos vimos aqui antes.
- Eu já o vi uma vez aqui, mais costumo sentar-me o mais alto possível... Só nunca imaginei que fosse ‘parecido comigo’...
- Também não imaginava encontrar uma garota parecida comigo, inclusive com gostos em comum.
Lucius coloca seu braço ao redor do pescoço de Lyana abraçando-a e se sentando ao seu lado esquerdo.
- Essa vista é realmente linda, porem melhor apreciada a dois, não acha ?
Lyana em meio a um sorriso move negativamente a cabeça.
- Não aprecio muito coisas românticas... Mas confesso que está bem agradável.
- Entendo...penso assim, que tal uma garrafa de vinho para animar ?
- Onde?! Ou será que não vai me dizer ?
- Irei buscar em um bar antigo que tem em uma das ruas da redondeza. E então o que me diz ?
Lyana em um discreto gesto concorda que Lucius busque o vinho e ele corre em direção a cidade pegando a primeira rua a direita e depois segue ate entrar a esquerda na próxima esquina entrando em uma longa avenida podendo se avistar distante algumas luzes acesas bem fracas e consideravelmente longe, rapidamente ele esta no local, é um bar pequeno e antigo que funciona sempre 24 hrs. Lucius entra e parece que já é conhecido naquele ambiente, mas pelo seu jeito calado e misterioso não tem muitos amigos, logo só é atentamente observado, chega ao balcão e pede que lhe sirvam uma garrafa do mais velho e saboroso vinho que tivessem, sacando do bolso interior de seu sobretudo uma pequena bolsa de couro, virando-a no balcão.
- Acho que isso paga, não ?
O balconista o olha assustado e recolhe rapidamente as 10 moedas de prata que caíram da bolsa.
- Sim, Sim senhor trarei o que me pediu, só um minuto.
Lucius concorda com um leve movimento com a cabeça, seus olhos estão levemente avermelhados, pois estava concentrado para correr o mais rápido que conseguisse, afinal, não queria deixar Lyana esperando por muito tempo, ou por tempo algum. O dono do bar volta com uma garrafa, escorre um pouco de água do lado de fora da garrafa, Lucius olha estranhamente para a garrafa e volta a fitar o dono do bar.
- Não se preocupe senhor, apenas lavei a garrafa esse vinho é muito antigo, não costumo ter clientes que podem pagar por ele, a garrafa esta lacrada, divirta-se senhor.
- Sim, mas... Teria também duas taças ? As melhores que tiver, eu vou levar, pelo que disse imagino que queira que eu volte aqui não ? Então que tal me conseguir duas taças de cristal como cortesia por hoje ?
Lucius olha com um olhar atento ao dono do bar que mesmo sem ação, vira-se e subindo as escadas para sua casa que é em cima de seu bar.
- Espere só um minuto senhor, já lhe trago as taças. Ele volta com duas taças, muito limpas e parecem ser também de boa qualidade. Lucius olha para as taças e com um sinal de aprovação as pega e também pega a garrafa de vinho, coloca a garrafa de vinho presa em seu cinto, e uma taça em cada mão.
- Gostei desse lugar, acredite voltarei. Obrigado meu caro.
Assim que se despede educadamente do dono do bar ele se dirige normalmente ate a rua, onde ao perceber que ninguém o observa dispara em alta velocidade em direção ao píer. Avista Lyana e para de correr pega ambas as taças em uma única mão e a garrafa na outra se ajoelha ainda um pouco distante de Lyana coloca as taças ao chão e pegando uma pequena faca arranca a rolha da garrafa com um pouco de pressa, se aproxima calmamente de Lyana e se ajoelhando atrás dela passa a boca da garrafa em frente e bem próximo a seu nariz.
- O que acha minha cara ? Esta a sua altura ?
Lyana aprecia o delicioso perfume que a garrafa traz, por algum motivo o vinho a traz a uma lembrança de sua família. Depois de um curto silencio de olhos fechados ela diz:
- Frances, Baron Darignac rouge... traz boas lembranças... Acertei não?
- Creio que sim, na verdade não o escolhi, apenas peguei o mais velho que se encontrava disponível. Lucius pega as taças entregando uma a Lyana, e enchendo a ate a metade.
- Espero que sejam lembranças boas...
- Essas até que são, mas nem todas...
- Desculpe mais não entendi a parte do “Essas até que são”... Por acaso ele lhe traz algumas outras que não são tão agradáveis ?
- O vinho lembra meu pai... mais as lembranças de minha família normalmente me trazem dor...
- Entendo e para ser sincero não trago muitas lembranças, como você já sabe, perdi minha memória, então...
- Sei?! Você nunca me disse isso? Achei que você preservasse o seu passado.
- Não lhe disse ?!? então me desculpe, mas... é uma longa historia, acho que vai ter que ficar para a próxima, o vinho esta acabando e o dia esta nascendo apressadamente...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chapter two: medo de altura?


Lucius segura Lyana pelo braço levando - a pela rua, parecendo saber bem para onde ir.

Levemente contrariada pela atitude repentina, Lyana protesta.

- Oh... Espere! Onde vam...

Ela não consegue terminar sua frase antes que Lucius de uma sequência rápida de saltos sobe em uma catedral e a coloca em seu colo sentado nas costas de uma gárgula posicionada na posição norte de uma grande catedral.

Onde é possível avistar longas distâncias inclusive o horizonte negro de um oceano pouco iluminado a esta hora da madrugada. Lyana reprime um pequeno grito, e se recosta ao peito de Lucius procurando não olhar onde estão.

- Assustada? Lucius fala colocando a mão sob os cabelos de Lyana fazendo lhe um leve carinho.

- Talvez um pouco... Não se incomode só me surpreendi com sua atitude. Lyana murmura quase inaldivelmente. - Oh... Me desculpe minha cara não queria...

Eles acabam relaxando e passando ali boa parte da madrugada, estranhamente eles se atraem mesmo tendo acabado de se conhecerem, quando Lucius percebe que o sol esta para nascer.

- Lyana...Ly...ana... Ele fala em um volume muito baixo e percebe que Lyana esta quase adormecendo em seus braços. - Me desculpe, mas... Venha comigo te levarei a um lugar que poderá descansar e curtir um pouco mais do que se ficar aqui nas costas de uma gárgula.

Lucius pega Lyana no colo e se levanta colocando-a de pé ao seu lado. - Vamos ?

- Vamos... Mas antes que você me leve a um lugar aonde nunca chegarei, como tomar chá por exemplo, deixe que eu guio dessa vez conheço um bom lugar. Lyana sorri, e se lança do alto da catedral, escalando prédios a sua frente com uma incrível rapidez, esperando que Lucius a siga.

Ele apenas sorri. - Como quiser...

Saltando em seguida consegue seguir Lyana mantendo uma certa distancia porem sem perdê-la de vista.

- MAS AONDE PRETENDE IR ?E O QUE PRETENDE FAZER ? E VOCE É RAPIDA SABIA!?!

Uma doce gargalhada se ouve ao longe.

- VOCÊ VERA!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Espero que gostem...
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Chapter one: O encontro

Lucius anda devagar na fria noite, voltando da taberna, local que costuma ir para beber vinho, esta seu clássico sobretudo jeans com algumas fivelas frontais e forro vermelho de um tom mais para o vinho, um coturno discreto com cadarços e duas fivelas, luvas de couro que vão ate o meio de seus dedos, uma camiseta regata gola alta e de couro por baixo e uma calça jeans preta, surrada porem sem rasgos. A rua esta deserta e já são mais de 00:00, ele avista uma garota andando sozinha de cabeça baixa. Ele sente que aquela não é apenas mais uma garota, ele percebe algo diferente, um cheiro vindo dela o distrai e quando se da por si esta na frente da garota, olha para ela meio assustado.
- O...Olá! Boa Noite senhorita.
- Olá senhor! - ela responde prontamente com um sensual sorriso, um brilho avermelhado passa por seus olhos. Lucius a observa vendo que veste um sobretudo preto, simples com algumas fivelas, uma calça de couro fosca, e um pouco escondido um espartilho também preto com detalhes em renda, em seus pés botas de couro fechadas com cadarço e por uma fivela acima deste. Lucius se distrai olhando a beleza da garota de pele branca cabelos escuros e com peculiares olhos acinzentados.
...como imaginei ela não é uma simples garota, primeiro seu cheiro e agora esses olhos... Lucius parece estar distante em seu pensamento. Em um tom de voz amigável ele diz:
- Não acha que está tarde para uma garota estar andando em ruas desertas ? Oh.... Desculpe minha indelicadeza, fazendo perguntas sem ao menos me apresentar...
Cumprimentando a garota com um delicado beijo em sua mão.
- Meu nome é Lucius... É um prazer conhece - La...
- Oh sim.... A propósito também posso perguntar porque andas sozinho a esta hora... Apenas posso dizer que sei me cuidar bem. A garota sorri gentilmente.
Lucius retribui o sorriso.
- Bem minha cara eu apenas estava fazendo o que faço sempre, pelo menos três vezes por semana vou a taberna beber um pouco de vinho...
- Interessante... Também aprecio vinho mais não bebi nada essa noite....
Olho desinteressadamente para o nada esperando talvez um convite.
Lucius percebe a deixa da garota e com tom delicado na voz diz:
- Bem podemos beber se estiver disposta, mas...você ainda não me disse seu nome senhorita...
- Pode chamar-me de Lyana jovem senhor... O que estaria interessado em beber? Ao terminar a frase outro lampejo vermelho passa pelos olhos da garota.
Lucius admira a pequena mudança nos olhos dela.
- Vinho ? Porem se preferir podemos também beber um chá...
Mau termina de falar e percebe que o dia esta amanhecendo lentamente, são mais ou menos 1:45 da manha...
- Melhor... venha comigo.