quinta-feira, 24 de junho de 2010

Chapter four: O quarto

Nós poderíamos ir para um lugar mais reservado então... para nos conhecermos melhor...
–Disse lyana em tom delicado, Lucius responde curioso.
- Bem... confesso que fico meio sem jeito com o convite, mas.... para onde poderíamos ir ?
- Que tal para meu apartamento?
- Hum... oferta tentadora... Risos se empalham no ar. - Aceito seu convite, vamos então ?
Lyana da um leve sorriso enquanto meche em seu cabelo.
- Vamos... Siga-me.
A garota salta rapidamente deixando ao chão sua taça de vinho vazia, mantém um ritmo leve podendo-se ver o vento bagunçar-lhe os longos cabelos escuros.
Lucius apenas sorri e lançando as taças e também a garrafa ao mar se lança em direção a Lyana avistando–a um pouco distante e seguindo – a em um ritmo moderado, seu cabelo esta preso porem algumas mechas soltas em seu rosto lhe incomodam, ele aumenta o ritmo para não perde–la de vista, afinal estava indo para um lugar onde não sabia ao menos onde era. Lyana olha para trás com um olhar intimidador a Lucius, chamando-o para uma corrida, após um sorriso ela aumenta consideravelmente a velocidade rindo felizmente. Lucius apenas observa seu sorriso com um olhar diferente, como o de quem se sente intimidado, e também se assusta com a velocidade com que Lyana salta, ele não esperava tanto daquela garota, lançando seus braços para trás e tirando as mechas de cabelo de seu rosto, aumenta sua velocidade tentando alcançá–la.
Lyana parece divertir-se, até que para em uma pequena varanda com uma porta de vidro deslizante, senta-se no beiral olhando para cidade esperando que Lucius chegue. Ele, já meio cansado, ao ver Lyana parando na varanda se desvia do caminho contornando a varanda no mesmo sentido que ela se vira para procurá–lo impedindo assim que ela o veja, apesar de estar cansado ele ainda é rápido, sentando -se no beiral do terraço que é logo acima de seu apartamento deixando Lyana de costas para ele. Em um tom estranho sentido que aquela garota é muito mais do que lhe pareceu, surpreso e também ansioso para saber mais sobre ela.
- Você é rápida sabia ?!? Poderia ter me esperado não ?!?
Lyana olha para cima com um sorriso, seus olhos assumem uma bela cor violeta, e responde suavemente:
- Sabia que podia me alcançar, não reclame venha...
Nesse momento Lyana abre a delicada porta de vidro, afastando leves cortinas brancas que dando visão para um amplo quarto, onde ao centro há uma cama de casal com delicados lençóis de seda salmão, bordado finamente com fios pretos, acima um belo dossel bordado da mesma forma que os lençóis, ao lado da porta de vidro um pequeno sofá de dois lugares de bela aparência, mas bem antigo, dois criados mudos, um de cada lado da cama, cada um com um belo abajur negro encima. Ao pé da cama um grande baú, e embutido na parede a frente dele um grande armário de madeira, com belos detalhes esculpidos nas portas.
- Sei que não é grande coisa mais espero que goste... Gostaria de algo para beber?
Ao terminar a frase Lyana tira seu sobretudo e senta em sua cama começando a desamarrar suas pesadas botas. Lucius distraído observando o ambiente não responde por um momento. Lyana o deixa a olhar e se dirige descalça ao interior do apartamanto.Não era muito grande mas era bem agradável, possuia mais um quarto além do de Lyana, uma confortável sala de estar e uma organizada cozinha. O pequeno quarto era peculiarmente diferente dos demais cômodos da casa, era simples e um pouco sombrio, a sala era considerávelmente grande tinha um grande sofá, alguns móveis antigos e várias almofadas espalhadas por um tapete preto e felpudo. Lyana se dirigiu a cozinha que possuia poucos itens mas o único que ela realmente usava era a geladeira, onde quardava várias bolsas de sangue, o que evitava que esta fosse ter de caçar sempre.
Não restava dúvida Lyana era uma vampira, mas não comum, oque intrigava seus pensamentos era se Lucius era como ela, ou só mais um cara que conheceu a noite e a divertiu um pouco. Rapidamente Lyana pega duas taças em uma pequeno armário acima da pia, pega uma das bolsas na geladeira e divide o líquido igualmente pelas taças, e se dirige novamente para o quarto.
Lucius se senta no sofa se descarregando de suas armas e seu sobretudo, dois punhais e uma pequena espada são lançados por ele no sofa e seu sobretudo é pendurado no dossel da cama e ele se dirige a Lyana calmamente observando atentamente cada detalhe da casa. Encontra Lyana voltando ao quarto com duas taças na mão, observa o liquido e percebe que é sangue.
- Ao menos esta fresco ?!? Fala com tom descontraido.
- Espero que aprecie... Lyana sorri ao ver a reação de Lucius, estendendo uma das taças a ele.
Lucius leva a taça a boca parecendo estar com sede. Lyana bebe um pouco da taça e abraça levemente Lucius pelas costas dando um pequeno empurraozinho em direção ao quarto. Nesse momento um pouco de sangue cai na roupa dele.
- Hey... Bem espero que não seja tão velho quanto o vinho que bebemos... Diz enquanto olha para lyana e sorri.
- desculpe... ela diz reprimindo um risada. - A propósito, gelado ele permanece por mais tempo e... eh bem novo, soh não absolutamente fresco... Os dois rapidamente esvaziam as taças.
- Está... com um sabor interessante...
- Quer mais?
- Não agora... Lucius a abraça com força deichando seus rostos muito próximos. Impressionada deixa a taça cair se estilhaçando aos seus pés. Ele a coloca na cama abaixando para pegar os cacos. Lyana o impede abraçando-o.
- Não se incomode deixe ai, sou desatrada mesmo...
Lucius se levanta sentando ao seu lado, seus rostos se aproximan num doce beijo. Ele curti o momento e se afasta de todo o resto, seu passado, os fatos, nada mais lhe importa, essa sensação ja era conhecida mais nunca fora vivida tão intensamente, ele se perde em meio a um frenesi de paixão o calor toma conta do seu interior mais ele continua gélido, sim aquela garota era muito diferente, ela era uma vampira, e ainda conseguia despertar nele o mais profundo e sincero sentimento, cujo qual ele nem sabia que era capaz de ter. Aquela sensação era como um tornado que passava destruindo todas suas certezas, e tudo que lhe importava agora era saber se ela também esta se sentindo tão bem quanto ele.
Ela por sua vez se sente como nunca se sentiu antes, uma estranha sensação de liberdade toma conta de seu corpo, se sente viva, e não fria como todos os dias, sente a ternura com que ele a beija despertando em seu coração um sentimento nunca vivido antes. Lyana para de beijá-lo repentinamente olhando fixamente para seus olhos, Lucius retribui o olhar parecendo assustado sua respiração esta ofegante e ele ja não se encontar tão gélido quanto antes. A garota volta instintivamente a beijá-lo intensamente, como se dependesse de Lucius para viver, respirar, necessitava sentir seu calor invadir seu corpo, inundando-a de prazer, como se ele fosse a parte perdida de sua história, o seu passado enterrado, o seu objetivo para viver, naquele momento tudo se tornava claro, não precisaria mais lutar contra seus próprios sentimentos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Chapter three: O Píer

Lucius continua a seguindo tentando se aproximar mais de Lyana a cada salto, porem ela é rápida e ele procura não se cansar, então mantém a agradável distancia de em media dois prédios. Aos poucos pode-se avistar alguns containeres empilhados, e mais a frente o imponente oceano. Lyana escala os containeres escolhendo um topo com uma vista privilegiada para o mar, e acena para Lucius.
- Venha logo! É lindo aqui em cima!
- Acredite eu sei...costumo vir aqui há algum tempo...para ficar só...
Lucius exita um pouco antes de subir os containeres fazendo uma cara de preocupado , porem logo relaxa e escala rapidamente se colocando ao lado de Lyana que sentada na beirada de um contêiner admira o amanhecer no horizonte do imenso oceano que se encontra em nossa frente...
- Engraçado conheces bem este lugar... porém nunca nos vimos aqui antes.
- Eu já o vi uma vez aqui, mais costumo sentar-me o mais alto possível... Só nunca imaginei que fosse ‘parecido comigo’...
- Também não imaginava encontrar uma garota parecida comigo, inclusive com gostos em comum.
Lucius coloca seu braço ao redor do pescoço de Lyana abraçando-a e se sentando ao seu lado esquerdo.
- Essa vista é realmente linda, porem melhor apreciada a dois, não acha ?
Lyana em meio a um sorriso move negativamente a cabeça.
- Não aprecio muito coisas românticas... Mas confesso que está bem agradável.
- Entendo...penso assim, que tal uma garrafa de vinho para animar ?
- Onde?! Ou será que não vai me dizer ?
- Irei buscar em um bar antigo que tem em uma das ruas da redondeza. E então o que me diz ?
Lyana em um discreto gesto concorda que Lucius busque o vinho e ele corre em direção a cidade pegando a primeira rua a direita e depois segue ate entrar a esquerda na próxima esquina entrando em uma longa avenida podendo se avistar distante algumas luzes acesas bem fracas e consideravelmente longe, rapidamente ele esta no local, é um bar pequeno e antigo que funciona sempre 24 hrs. Lucius entra e parece que já é conhecido naquele ambiente, mas pelo seu jeito calado e misterioso não tem muitos amigos, logo só é atentamente observado, chega ao balcão e pede que lhe sirvam uma garrafa do mais velho e saboroso vinho que tivessem, sacando do bolso interior de seu sobretudo uma pequena bolsa de couro, virando-a no balcão.
- Acho que isso paga, não ?
O balconista o olha assustado e recolhe rapidamente as 10 moedas de prata que caíram da bolsa.
- Sim, Sim senhor trarei o que me pediu, só um minuto.
Lucius concorda com um leve movimento com a cabeça, seus olhos estão levemente avermelhados, pois estava concentrado para correr o mais rápido que conseguisse, afinal, não queria deixar Lyana esperando por muito tempo, ou por tempo algum. O dono do bar volta com uma garrafa, escorre um pouco de água do lado de fora da garrafa, Lucius olha estranhamente para a garrafa e volta a fitar o dono do bar.
- Não se preocupe senhor, apenas lavei a garrafa esse vinho é muito antigo, não costumo ter clientes que podem pagar por ele, a garrafa esta lacrada, divirta-se senhor.
- Sim, mas... Teria também duas taças ? As melhores que tiver, eu vou levar, pelo que disse imagino que queira que eu volte aqui não ? Então que tal me conseguir duas taças de cristal como cortesia por hoje ?
Lucius olha com um olhar atento ao dono do bar que mesmo sem ação, vira-se e subindo as escadas para sua casa que é em cima de seu bar.
- Espere só um minuto senhor, já lhe trago as taças. Ele volta com duas taças, muito limpas e parecem ser também de boa qualidade. Lucius olha para as taças e com um sinal de aprovação as pega e também pega a garrafa de vinho, coloca a garrafa de vinho presa em seu cinto, e uma taça em cada mão.
- Gostei desse lugar, acredite voltarei. Obrigado meu caro.
Assim que se despede educadamente do dono do bar ele se dirige normalmente ate a rua, onde ao perceber que ninguém o observa dispara em alta velocidade em direção ao píer. Avista Lyana e para de correr pega ambas as taças em uma única mão e a garrafa na outra se ajoelha ainda um pouco distante de Lyana coloca as taças ao chão e pegando uma pequena faca arranca a rolha da garrafa com um pouco de pressa, se aproxima calmamente de Lyana e se ajoelhando atrás dela passa a boca da garrafa em frente e bem próximo a seu nariz.
- O que acha minha cara ? Esta a sua altura ?
Lyana aprecia o delicioso perfume que a garrafa traz, por algum motivo o vinho a traz a uma lembrança de sua família. Depois de um curto silencio de olhos fechados ela diz:
- Frances, Baron Darignac rouge... traz boas lembranças... Acertei não?
- Creio que sim, na verdade não o escolhi, apenas peguei o mais velho que se encontrava disponível. Lucius pega as taças entregando uma a Lyana, e enchendo a ate a metade.
- Espero que sejam lembranças boas...
- Essas até que são, mas nem todas...
- Desculpe mais não entendi a parte do “Essas até que são”... Por acaso ele lhe traz algumas outras que não são tão agradáveis ?
- O vinho lembra meu pai... mais as lembranças de minha família normalmente me trazem dor...
- Entendo e para ser sincero não trago muitas lembranças, como você já sabe, perdi minha memória, então...
- Sei?! Você nunca me disse isso? Achei que você preservasse o seu passado.
- Não lhe disse ?!? então me desculpe, mas... é uma longa historia, acho que vai ter que ficar para a próxima, o vinho esta acabando e o dia esta nascendo apressadamente...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Chapter two: medo de altura?


Lucius segura Lyana pelo braço levando - a pela rua, parecendo saber bem para onde ir.

Levemente contrariada pela atitude repentina, Lyana protesta.

- Oh... Espere! Onde vam...

Ela não consegue terminar sua frase antes que Lucius de uma sequência rápida de saltos sobe em uma catedral e a coloca em seu colo sentado nas costas de uma gárgula posicionada na posição norte de uma grande catedral.

Onde é possível avistar longas distâncias inclusive o horizonte negro de um oceano pouco iluminado a esta hora da madrugada. Lyana reprime um pequeno grito, e se recosta ao peito de Lucius procurando não olhar onde estão.

- Assustada? Lucius fala colocando a mão sob os cabelos de Lyana fazendo lhe um leve carinho.

- Talvez um pouco... Não se incomode só me surpreendi com sua atitude. Lyana murmura quase inaldivelmente. - Oh... Me desculpe minha cara não queria...

Eles acabam relaxando e passando ali boa parte da madrugada, estranhamente eles se atraem mesmo tendo acabado de se conhecerem, quando Lucius percebe que o sol esta para nascer.

- Lyana...Ly...ana... Ele fala em um volume muito baixo e percebe que Lyana esta quase adormecendo em seus braços. - Me desculpe, mas... Venha comigo te levarei a um lugar que poderá descansar e curtir um pouco mais do que se ficar aqui nas costas de uma gárgula.

Lucius pega Lyana no colo e se levanta colocando-a de pé ao seu lado. - Vamos ?

- Vamos... Mas antes que você me leve a um lugar aonde nunca chegarei, como tomar chá por exemplo, deixe que eu guio dessa vez conheço um bom lugar. Lyana sorri, e se lança do alto da catedral, escalando prédios a sua frente com uma incrível rapidez, esperando que Lucius a siga.

Ele apenas sorri. - Como quiser...

Saltando em seguida consegue seguir Lyana mantendo uma certa distancia porem sem perdê-la de vista.

- MAS AONDE PRETENDE IR ?E O QUE PRETENDE FAZER ? E VOCE É RAPIDA SABIA!?!

Uma doce gargalhada se ouve ao longe.

- VOCÊ VERA!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Espero que gostem...
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Chapter one: O encontro

Lucius anda devagar na fria noite, voltando da taberna, local que costuma ir para beber vinho, esta seu clássico sobretudo jeans com algumas fivelas frontais e forro vermelho de um tom mais para o vinho, um coturno discreto com cadarços e duas fivelas, luvas de couro que vão ate o meio de seus dedos, uma camiseta regata gola alta e de couro por baixo e uma calça jeans preta, surrada porem sem rasgos. A rua esta deserta e já são mais de 00:00, ele avista uma garota andando sozinha de cabeça baixa. Ele sente que aquela não é apenas mais uma garota, ele percebe algo diferente, um cheiro vindo dela o distrai e quando se da por si esta na frente da garota, olha para ela meio assustado.
- O...Olá! Boa Noite senhorita.
- Olá senhor! - ela responde prontamente com um sensual sorriso, um brilho avermelhado passa por seus olhos. Lucius a observa vendo que veste um sobretudo preto, simples com algumas fivelas, uma calça de couro fosca, e um pouco escondido um espartilho também preto com detalhes em renda, em seus pés botas de couro fechadas com cadarço e por uma fivela acima deste. Lucius se distrai olhando a beleza da garota de pele branca cabelos escuros e com peculiares olhos acinzentados.
...como imaginei ela não é uma simples garota, primeiro seu cheiro e agora esses olhos... Lucius parece estar distante em seu pensamento. Em um tom de voz amigável ele diz:
- Não acha que está tarde para uma garota estar andando em ruas desertas ? Oh.... Desculpe minha indelicadeza, fazendo perguntas sem ao menos me apresentar...
Cumprimentando a garota com um delicado beijo em sua mão.
- Meu nome é Lucius... É um prazer conhece - La...
- Oh sim.... A propósito também posso perguntar porque andas sozinho a esta hora... Apenas posso dizer que sei me cuidar bem. A garota sorri gentilmente.
Lucius retribui o sorriso.
- Bem minha cara eu apenas estava fazendo o que faço sempre, pelo menos três vezes por semana vou a taberna beber um pouco de vinho...
- Interessante... Também aprecio vinho mais não bebi nada essa noite....
Olho desinteressadamente para o nada esperando talvez um convite.
Lucius percebe a deixa da garota e com tom delicado na voz diz:
- Bem podemos beber se estiver disposta, mas...você ainda não me disse seu nome senhorita...
- Pode chamar-me de Lyana jovem senhor... O que estaria interessado em beber? Ao terminar a frase outro lampejo vermelho passa pelos olhos da garota.
Lucius admira a pequena mudança nos olhos dela.
- Vinho ? Porem se preferir podemos também beber um chá...
Mau termina de falar e percebe que o dia esta amanhecendo lentamente, são mais ou menos 1:45 da manha...
- Melhor... venha comigo.